“Ei, JiYong! Eu quase transei com a sua namorada!”, Seunghyun analisou mentalmente como seria se ele contasse a verdade ao amigo. Seria catastrófico!
“Ei, Seunghyun oppa. Eu sou virgem!”, Sandara pensou na forma menos ridícula de dizer isso. Talvez fosse mais fácil dizer pro “namorado oficial”, que era “mais romântico” e acharia isso “super legal”. Não. Não dava pra ser mais constrangedor pra ela.
Os dois estavam enfrentando grandes dilemas e tinham que resolver logo ou, do contrário, talvez fosse tarde demais.
A semana prometia ser nervosa. Principalmente pra Seunghyun, que tinha que travar uma batalha diária com a Minji. Eles não se falaram mais depois do incidente na casa dela. Nem os pais dela foram até a casa dele, nenhum escândalo até então. Ele estava achando aquela calmaria muito estranha.
Quem sabe Minji tivesse acalmado os pais. Eles seriam os últimos a querer a “imagem” da filha ficasse manchada. Uma filha de 15 anos, grávida, não seria um bom começo para o futuro político deles. O pai dela desejava se candidatar ao cargo de secretário da prefeitura, claro com o apoio do pai do JiYong. Interesse político era o que não faltava entre as famílias.
[...]
JjYong não pôde buscar Sandara em casa, como de costume. Ele ligou para o celular dela umas oito vezes, mas ela não atendeu. Ela estava distraída arrumando a mochila. Pela primeira vez na vida, atrasada para a aula.
“Dara, o que aconteceu? São 08:30 da manhã?” , vovó May ficou espantada.
“Não consegui dormir direito e acordei tarde. Tinha uma matéria muito difícil pra revisar..Fiquei estudando a noite toda”, ela respondeu ajeitando os cabelos com pressa.
“Ah tá. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa ontem”
“Alguma coisa? Que coisa?”
“Sei lá.. Alguma coisa entre você e o Seunghyun..”, ela fez uma cara fofa e ao mesmo tempo endiabrada. Sandara deixou o livro cair, com o nervosismo.
“Eu e o Seunghyun, vovó? A senhora tem cada ideia.. Eu tenho namorado. E é o JiYong”, ela não convenceu a avó.
“Tá! Se você está dizendo.. Mas fique sabendo que eu gosto muito dele. Ele tem mais a ver com você. Não aquele riquinho cheio de manias esquisitas..”, ela falou séria. Sandara pegou o livro do chão e olhou fixamente nos olhos amendoados de vovó May.
“Tenho que ir. Tchau, vovó”, Sandara se despediu dando um beijo carinhoso nela.
“Essa juventude de hoje em dia tem medo de arriscar por amor. São tão bobos..”¸Vovó May pensou.
[...]
Sandara passou correndo pelo portão após falar com o coordenador, que havia feito anotação na caderneta. Ufa, que alívio. Ainda dava tempo de pegar o final do primeiro horário, que era a aula de cálculos.
Os cabelos negros de Sandara voaram pelo corredor. Estava tudo sobre controle. Ela equilibrava 4 livros e um caderno nos braços, fora a mochila pesada e uma bolsa pequena.
Ela entrou correndo na sala que nem um raio de luz. Todos ficaram cochichando. O professor, que estava de costas pra turma, notou a bagunça.
“Silêncio, turma! Preciso que algum voluntário resolva esse problema aqui no quadro. Valendo 1,0 ponto para a prova semana que vem..”, o professor falou. Os alunos ficaram calados. Alguns se escondiam atrás dos colegas da frente para não serem vistos.
Sandara, perfeita nerd que era, levantou o braço.
“Eu, professor!”, ela falou sorridente.
JiYong a observou assustado. “De onde ela surgiu?”, ele se perguntou. Ele não percebeu quando ela entrou na sala porque estava de cabeça baixa, atrás do Seunghyun, escrevendo uma mensagem de texto pro celular dela. Talvez na tentativa de descobrir porque ela ainda não estava na escola.
Seunghyun sentiu o perfume que exalava dos cabelos dela quando ela passou do lado dele. Sandara estava radiante naquela manhã. Ele tirou os óculos de forma encantadora. Ela respirou fundo ao enxergar aqueles olhos negros e sorriu tímida. Jiyong correspondeu o sorriso pensando que tivesse sido pra ele.
“Muito bem, senhorita Park. Pode começar a responder”
Ela analisou o problema, fez alguns rascunhos na ponta do quadro e passou tudo a limpo. Um calculo complicadíssimo e ela tirou de letra. “Moleza!”, ela pensou.
“Muito bem. A resposta está certa. O seu ponto vai ser acrescentado na próxima prova”, o professor falou. Ela permaneceu sorridente na outra ponta do quadro.
Enquanto o professor explicava para a turma a resolução do problema Sandara continuou em pé. De repente, a voz do professor começou a ficar confusa, distante. A luz que atravessava a janela da sala foi ficando turva. O quadro girava. Tudo girava. Até que tudo apagou.
...
Sandara acordou lentamente. Tudo estava confuso. Ela estava deitada numa maca na enfermaria, cercada pelos coordenadores, uma enfermeira e JiYong, que estava segurando a mão dela.
“O que aconteceu?”, ela perguntou assustada.
“Você desmaiou no meio da sala de aula”, Jiyong respondeu.
“Eu desmaiei?..”, ele ergueu o corpo, com dificuldade.
“Sim, mocinha. Você ficou pálida igual a uma alma penada”, falou a enfermeira.
Alguns alunos estavam curiosos espreitando a porta. Sandara ainda estava um pouco tonta, mas pôde enxergar perfeitamente os olhos de Seunghyun por entre a cortina que separava a maca.
A enfermeira pediu que todos saíssem para que ela pudesse examiná-la.
“Tem se alimentado direito?”, perguntou.
“Sim”, Sandara respondeu baixinho.
“Talvez deva rever a sua alimentação. Está com todos os sintomas de anemia”, ela falou séria.
“Eu? Anêmica? Não, isso não pode ser.. Sou muito saudável..”, tentou convencer a enfermeira.
“De qualquer forma, é melhor que você faça uns exames médicos de rotina... Vou informar a coordenação para que liberem você pra casa. Deve ficar em repouso”
“Repouso? Mas eu me sinto ótima. Não posso perder aula”, ela falou se levantando da maca e vestindo o casaco.
“Acho que você não entendeu. Acabou de desmaiar e não tem a menor condição de voltar para a sala de aula. Não se preocupe. Suas faltas serão abonadas e poderá repor as aulas no final de semana”.
“Você quem não entendeu. Não gosto de perder aula”, ela falou impaciente.
“Aham. Pode ficar tranquila, enfermeira. Eu mesmo ligarei para o motorista da minha casa para levá-la em segurança pra casa”, falou JiYong, puxando-a pelo braço.
Sandara ficou irritada com aquilo. Não gostava de se sentir comandada por ninguém. Muito menos por um namorado.
“O que pensa que está fazendo, JiYong?”, ela perguntou.
“Estou cuidando de você”
“Já disse que não gosto que seja meu motorista. Não me sinto bem com isso..”, ela falou.
“E eu disse que não tem o menor problema.. Você é minha namorada.”
“Eu estou bem. Posso ir pra casa de ônibus”
“Tá maluca? Não vou deixar você ir de ônibus nem a pau”
Não teve jeito. Por mais que Sandara evitasse qualquer tipo de dedicação por parte de JiYong, não tinha jeito pra ele. Ele sempre estava lá, com as melhores das intenções. E não tinha como fugir delas.
Ela teve que ir mesmo pra casa. E escoltada pelo motorista do prefeito. No carro mais luxuoso possível. Se não bastasse tudo isso, a turma inteira pendurada nas janelas da sala olhando ela entrar no carro.
...
Após ouvir um sermão inteiro de vovó May, Sandara subiu para o quarto, tomou um bom banho e foi direto para cama. Pegou o notebook e um livro pra estudar um pouco. Vovó may tinha preparado um leite quente e biscoitos pra ela. Ela provou um pouco do leite e mordeu um pedaço do biscoito. Nada mais que isso.
O celular tocou. Era JiYong.
“Oi, JiYong..”
“Como está?”
“Estou bem. Na cama, tentando descansar..”, ela falou um pouco sonolenta.
“Isso mesmo. Durma um pouco. A enfermeira falou que precisar dormir e se alimentar mais..”
“Tá certo.. Farei isso por você, então..”, ela respondeu bocejando engraçado.
“Um beijo, minha querida! Te ligo mais tarde.”, ele falou com carinho.
Sandara sentiu um sono bom, mas ao mesmo tempo tentava lutar contra ele. “Aquela enfermeira enxerida..”, ela falou encostando a cabeça no travesseiro lentamente. Ela adormeceu. Vovó tirou o notebook e o livro com cuidado para que ela não acordasse.
E finalmente ela dormiu. E sonhou um sonho bom. Sonhou com os pais. Eles estavam felizes. Tudo parecia tão real. Sonhos assim deveriam acontecer sempre.
...
Ela despertou devagar. Ainda de olhos fechados ela abraçou o travesseiro. “Ahh, tão macio quanto o Hyun..”, ela murmurou baixinho.
“Aham! Eu sabia que sonhava comigo!”
Sandara levou o maior susto da vida.
“SEUNGHYUN???”
“Eu sou muito melhor que esse travesseiro..”, ele falou. Ela quase desmaiou de novo.
“O que está fazendo aqui?”, ela falou cobrindo as pernas com o travesseiro.
“Vim visitar você. E trouxe uma coisinha. Acho que vai gostar”, ele segurava um pote de vidro pequeno.
“O quê?”, ela ficou meio abobalhada.
“Toma”
Ela abriu a pequena tampa do pote. Eram amoras e morangos fresquinhos. Pareciam ter sidos colhidos naquele momento.
“Você trouxe pra mim?”, ela fitou os olhos dele.
“Sim. Soube que está precisando de energia. Alguém me disse que você gosta muito de frutas vermelhas, então...”, ele falou de um jeito tão apaixonante que ela não teve como resistir.
Ela comeu tímida. Seunghyun percebeu a dificuldade dela. Ela se esforçava para mastigar.
“Eu dormi por quanto tempo?”, ela perguntou.
“Umas 3 horas, acho”
“Meu Deus!..”
“E falou meu nome umas 4 vezes enquanto dormia..”
“Mentira!”, ela falou envergonhada.
“Brincadeira. Você não falou não.. Só quando tava acordada.. Você acha mesmo que eu pareço um travesseiro gordo?”
“Deixa de ser convencido. Eu não falei seu nome.. Eu só tava sonolenta..”, ela falou sorrindo.
Seunghyun ficou parado, de um jeito estranho. Ela não entendeu.
“O que foi?”, ela perguntou.
Ele permaneceu olhando fixamente na direção dos lábios dela. Aqueles olhos perturbadores eram tão lindos. Ele a beijou delicadamente enquanto procurava o gosto adocicado que estava sobre os lábios dela.
“A sua boca estava vermelha.. Desculpa, mas eu não resisti”, ele falou com aquela voz rouca. Ela ficou arrepiada. “Como é que ele pode me pedir desculpa depois desse beijo? Só pode tá brincando..”, ela pensou.
Ela chegou mais perto, segurou o queixo dele e sussurrou:
“Pode continuar não resistindo..”, ela o beijou novamente. Dessa vez, como muito mais vontade.
Seunghyun sentiu todo o desejo dela daquele beijo. Era como se ela representasse as amoras e os morangos sendo devorados pela boca dele.
Ahh, os lábios dele eram tão pequenos, tão macios. E a boca dele tinha aquele gosto de café misturado com chocolate.
Aquele momento seria o mais perfeito de todos os tempos para se entregar completamente pra ele. A hora e o lugar estavam perfeitos. Se não fosse por um único detalhe: o lance da virgindade. “Mas que droga! Eu tenho que dá um jeito nisso”, ela pensou.
Mas algo interrompeu os pensamentos de Seunghyun. Ele ergueu os ombros e parou de beijá-la.
“O que houve?”, ela perguntou.
“Eu e a Minji... Tudo começou assim. E agora, ela está grávida..”, ele falou tocando o rosto dela com carinho. Ele permaneceu sentado na ponta da cama.
Sandara apoiou os ombros dele. Ele estava com aquele semblante preocupado, tenso.
“Não fique assim.. Tudo vai ficar bem”, ela acariciou os ombros caídos dele.
“Eu quero que você entenda... Eu não quero que aconteça com você o mesmo que aconteceu com ela. Não quero que você sofra. Gosto muito de você...”, ele falou de um jeito inesperado. Talvez ela nunca esperasse que o Seunghyun tivesse uma atitude como aquela.
“Não se preocupe.. Eu entendo você...”
Ele olhou nos olhos dela com aquele brilho. Ela sorriu.
“Não que eu não esteja afim. Estou muito afim. Só Deus sabe o quanto eu quero... Mas é que essa história da Minji tá me matando... Não sei o que fazer..”
“Calma. Tenha calma. Vou te ajudar com esse assunto”, ela falou firme.
“Como? Como poderia me ajudar.. A burrada toda já está feita. Parece que aquela garota planejou tudo”
“Confia em mim. Você mesmo não diz que sou uma nerd? Então, pra alguma, além de cálculos e literatura esse meu cérebro deve servir”, ela falou de um jeito misterioso.
Seunghyun ficou confuso, mas confiante em Sandara. Ele não tinha entendido o que ela estava planejando.
De qualquer forma, foi até bom eles dois terem parado mesmo com aquilo. Vai que acontecia o pior? Quer dizer, o melhor? Sim, porque com o Seunghyun não tinha como ser ruim. Mas o segredinho da virgem talvez pudesse atrapalhar um pouco. Melhor deixar esse assunto pra depois. Primeiro resolver o lance da grávida.
....
Sandara estava decidida a descobrir algum podre sobre a Minji, o que não seria muito difícil. A garota tinha 15 anos e ainda estudava no 7º ano da escola secundária, quando deveria estar no 9º. Mesmo os pais dela sendo muito ricos e comprando todos os diretores ou a escola inteira, duas repetições seguidas continuavam sendo muito estranho.
Quando o primeiro sinal do intervalo tocou ela saiu apressada. Aproveitou que JiYong estava falando no celular e saiu. A escola era muito grande, mas sempre dava pra saber onde encontrar Minji. Quando não estava atracada no pescoço do Seunghyun ela deveria estar conversando com aquelas amigas patricinhas dela Sandara checou e lá estava ela com as tais amigas.
E, quando ninguém estava por perto, ela entrou na sala da coordenação. Procurou as gavetas das fichas dos alunos. Ela tinha que ser rápida porque toda hora passava alguém no corredor.
Após procurar por várias pastas finalmente ela encontrou a ficha da Minji! Uma ficha recheada de documentos, históricos de outras escolas, e, principalmente, observações. “Meu Deus! Essa garota é um demônio!”, ela falou alto.
Havia vários históricos de expulsões e reprovações das escolas anteriores. Sem contar as notas muito baixas. Certamente as reprovações foram “maquiadas” porque os pais dela pagaram para que ela continuasse no colégio. Até que Sandara viu algo que a deixou de cabelo em pé. “É bem pior do que eu pensava...”, ela falou. Ela dobrou aquele papel, guardou dentro do bolso do casaco do uniforme e saiu.
As aulas seguiram normalmente. JiYong levou Sandara pra casa, como de costume. Ele notou que ela estava pensativa, calada.
“Tá pensando no quê?”, ele perguntou.
“Hãm? Ah, na prova de biologia...Tô preocupada com a matéria”
“Ah, mas você é uma gênia. Não precisa se preocupar isso..”, ele falou com aquele jeito infantil.
“Eu não sou gênia. Apenas gosto de estudar..”
“Queria ter essa paixão pelos estudos igual a você...”
“Comece deixando as festas de lado e se importando mais com os livros.. Suas notas estão um pouco ruins, não?”, ela perguntou de forma intimidadora.
“Verdade! Só não estou na mesma situação do Seunghyun..Sabe, às vezes eu acho que ele é meio afetado. Vai ver por causa da bebida....”, ele brincou. Sandara olhou pra ele com um olhar reprovador.
“Porque você está dizendo isso? Não sabe o que ele tem passado por todos esses anos..”, ela falou irritada.
“Você fala como se conhecesse ele”
“Não precisa conhecê-lo pra saber. Você mesmo me falou do problema dele. Não lembra?”
“Ah sim! Claro... Impressão minha ou você ficou irritada com o que eu falei?”
“Fiquei sim! Não deveria falar assim do seu melhor amigo..”, ela falou ainda mais irritada.
“Sabe que eu falei por brincadeira.. Não me leve tão a serio...”, ele tentou reverter a conversa.
“Tudo bem...”, ela respondeu com a cara amarrada.
“Olha, se eu não confiasse em você ou no Seunghyun, eu estaria com ciúmes de vocês dois agora. Hahahaha”, ele falou sorrindo. Apesar de que estava, realmente, sentindo ciúmes.
Depois do clima chato no carro, finalmente, Sandara chegou em casa. Ela subiu para o quarto correndo. Ligou o computador e começou a fazer umas pesquisas na internet. Anotou algumas coisas, tomou um banho muito rápido e depois desceu para a mesa do almoço.
“Vai sair, Dara?”, perguntou vovó May.
“Sim. Tenho que pegar algumas matérias na escola. Daquelas aulas de perdi ontem”, ela falou apressada.
“Vai comer só isso?”, vovó perguntou ao ver que ela só tinha beliscado a comida.
“Depois eu faço um lanche...Tô com pressa”, ela se despediu e saiu apressada.
Ela saiu apressada.
[...]
Sandara recebe uma mensagem do Jiyong: “Estou indo pra sua casa agora hoje às 15h!”, ela suspirou profundo e voltou a estudar. Estava preparando as aulas de Literatura para o Seunghyun, que começaria no dia seguinte. Estava apreensiva para contar a ele sobre o que descobriu sobre a Minji na escola.
Ela resolveu escrever uma mensagem pra Seunghyun, marcando um encontro para mais tarde: “Venha aqui em casa depois das 18h. Descobri uma coisa muito importante. With love, Dara!”. Ela estava confiante de que a descoberta iria ajudá-lo.
[..]
Passava das 17h50min e nenhum sinal do Jiyong. “Acho que ele não vem”, ela pensou. Desceu as escadas correndo e foi preparar um lanche. Estava feliz só de pensar que Seunghyun podia chegar a qualquer momento. Deixou o papel sobre a revelação de Minji em cima da mesa e subiu correndo para o quarto.
Vovó May, que estava chegando do mercado, tirou os óculos de grau. “Esta cozinha está uma bagunça! Tenho que dá um jeito nisso..”, ela arrumou a bagunça.
Sandara desceu apressada após ouvir a campainha. “Deve ser ele!”, ela pensou. Mas levou o maior susto ao abrir a porta.
“JIYONG???”, ela falou.
“Desculpa. Me atrasei um pouco hehehe..Mas cheguei!”, ele falou daquele jeito infantil de sempre e deu um beijo romântico nela.
“Ah...”,
“Não parece muito feliz com a minha visita...”, ele fez um bico muito fofo.
“Deixa de falar besteira. Eu adorei você ter vindo...Entra”, ela o segurou o braço dele.
Vovó May estava assistindo novela na sala quando Jiyong a cumprimentou tímido. Ela respondeu um “Oi”, e continuou assistindo tv. Talvez o lance do último almoço não tenha deixado uma boa impressão pra ela. A verdade era que vovó não fazia muito desse gosto namoro e ela era fã número 1 do Seunghyun e ponto final.
Jiyong pediu umas aulas para Sandara e os dois subiram até o quarto dela. Vovó ficou desconfiada.
“Finalmente sozinhos!”, ele falou abraçando ela por trás.
“Err, Jiyong. Mehor não”, ela falou tímida.
“Porque não? Somos namorados.. qual o problema?”, ele puxou-a pela cintura. Ela tentou desviar o olhar, mas ele a prendeu nos braços.
“Não quero que a minha avó veja..”, ela falou se afastando dele.
“Não se preocupa com isso. Tenho certeza que a sua avó confia em mim..”, se ele soubesse a preferência da vovó May.
Ele não desiste e volta a abraçar Sandara, que não teve como evitar os carinhos dele. Jiyong era tão gentil e romântico que ela nunca tinha coragem de dizer a verdade; que estava apaixonada por outro – seu melhor amigo -
Eles se beijaram. E aquele beijo representava a própria mentira de Sandara sufocada pela paixão cega do Jiyong. Como fingir um sentimento tão puro? E o que era pior: mentir ou brincar de amar?
Mas o pior estava acontecendo. Seunghyun, que estava parado no portão, vendo toda a cena romântica.